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Literatura AfroCaxuté

Aqui seguem poemas escritos por seguidores do Terreiro Caxuté 



Olha lá o Orixá

 “Há orixá em todo lugar,

Oxalá na terra, Iemanjá no mar,

Há Orixá em todo lugar,

Iansã nos ventos, Oxum nos lagos,

Há Orixá por todos os lados,

Ogum nas guerras, Xangô nas montanhas,

Há Orixá para toda a semana,

Omolu na cura, na festa Exu,

Não falta Orixá em lugar nenhum,

Ossaim nas folhas, Oxossi nas capoeiras,

Há Orixá a vida inteira.”

Autor: Jefferson Duarte Brandão,
Homenagem ao povo do Terreiro Caxuté





                                 Perfume, criolas e dendê

Doce perfume que exala no ar
Trazendo a fumaça do Nkisi Lembá
Trazendo a cura dos caboclos no ar
O que respira o perfume de quem nasceu lá na senzala para purificar

Falando das flores, folha de guiné
Trazendo do dendê o seu cafuné
Pisando e sambando
E lavando com a força da mulher
                                                                                       
A força é viva que penera no ar
Canto e verso no seu Kanzuá
Lavando e cantando
Pra nossos ancestrais escutar

Cajaíba trás a fruta da áfrica pra nos alimentar
Com a força da Mãe terra que vem respirar,
Perfume saindo das plantas que nós preparamos para a jurema
Caboclo e índio guerreiro que vem trazendo as maiongas
Para seus filhos banhos tomar
                                                                                                                     
Autora: Maria Balbina dos Santos
Mãe Bárbara do Terreiro Caxuté







Negro Marvila

Negro Marvila no terreiro trazendo do seu pesqueiro
Das quizangas dos manguezais
Rede, remo e vem ligeiro para a moqueca preparar
Que coisa gostosa e boa
Chegando em sua coroa   para poder mariscar

Cajaíba tem pesqueiro
Tem rede e calão
Quando vem de graciosa passando pelo galeão
Trazendo filhos da terra com animação

Viva gente de quilombo
De graciosa também
Vem o lado do rio da galé
Que passa em sarapuí também
Que água boa e bonita que vai para em guerém

Viva gente, gente boa que vem me livrar do mal
O galo já cantou, lá na aldeia deu sinal
Com presente e tambores no rio e no mar vamos ofertar
Viva todo povo d´ água, viva minha mãe Iemanjá!


                                                                       Autora: Maria Balbina dos Santos
Mãe Bárbara do Terreiro Caxuté

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