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Caxuté, pelo fim da Violência Religiosa. Foto: Serafro: Comunicação Negra |
Por:
Táta Luangomina*
Em
nome da Primeira Escola de Religião e Cultura de Matiz Africana do
Baixo Sul da Bahia- Escola Caxuté, queremos destacar primeiramente
que nós fomos reconhecidos pelo edital de culturas afro-brasileiras
da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, do governo
federal.
No
Município de Valença, temos inscrição no Programa de Aquisição
de Alimentos em Avaliação e fiscalização institucional da
Secretaria de Promoção Social.
Temos
apoio da APLB Costa do Dendê.
Utilidade
Pública Municipal desde 2012 da Câmara Municipal de Valença;
Utilidade
Pública Estadual concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia.
Inserção
no Programa Caia na Rede do Instituto de Desenvolvimento Sustentável
do Baixo Sul - IDES.
Temos
o apoio da Coordenação territorial local da Federação Nacional
do Culto Afro Brasileiro.
Temos
assessoria com o Grupo de Assessoria Jurídica Popular (GAJUP).
Somos
apoiados pela Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro Brasileira – UNILAB, campus dos Malês.
Implantamos o Fórum Agenda 21 da Comunidade de Graciosa, em parceria com a Petrobras.
Temos
associação e terreiro.
Destaques
estes que ainda é são poucos, mas importantes para o necessário
desenvolvimento social e sustentável dos povos bantus de Caxuté e
das demais comunidades tradicionais do Baixo Sul da Bahia. Por
objetivo nossa vivência tem como função primária promover um
espaço de amplo diálogo entre os povos de terreiro e sociedade em
geral, fazendo com que esta última re-conheça a importância das
influências Africanas durante todo período histórico tanto no
passado, quanto no presente da humanidade, oportunizando ainda a
observação das diversas contribuições que as religiões de matriz
africana deixando como legado para as gerações atuais e futuras.
Damos
ênfase que a Escola Caxuté nasci do pensamento nobre de Mãe Mira,
Mameetu Kassange, quando fundou a antiga Creche Lar de Amparo um
Pedacinho de Mim, que tinha por objetivo dá às crianças acesso a
educação. Seu sonho dormiu mas acordou configurado com força e
vigor em Escola Caxuté, que a sua filha Mameetu Kafurengá, Mãe
Bárbara de Caxuté, re-criou quebrando paradigmas e se
transformou-o nesta iniciativa que hoje tem o devido reconhecimento
do Governo Federal. Se tem duas áves que poderíamos expressar o
que seria a escola Caxuté, diríamos que seriam a Fénix e o
Sankofa. A Fênix, no mito renasce das cinzas, e o Sankofa caminha
para frente trazendo consigo sua ancestralidade africana. Nosso
público-alvo ´são membros da Comunidade Caxuté, estudantes,
curiosos e pesquisadores acadêmicos que tenha o interesse pela
temática Cultural e História Africana e Indígena.
Para
reforçar nosso trabalho estaremos no mês de novembro em parceria
com a Universidade do Estado da Bahia, UNEB campus XV, construindo
atividades do Novembro Negro e elaborando com comunidade interna e
externa o nosso PPAFRO – Projeto Político Afro Pedagógico da
Escola Caxuté. Criamos o Koiaqui Sakumbi que nada mais é que o
nosso Coletivo de Estudos e Pesquisas da Comunidade Caxuté, que tem
como membros Militantes e Acadêmicos que sejam adeptos da nossa
comunidade. Neste ano, por nossos esforços estamos inscritos no
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Texeira, INEP – do Ministério da Educação, lançando três
turmas de ensino que são “ Turma 1 – Educação e
Ancestralidade” “Turma 2 Sustentabilidade e Candomblé” e
“Turma 3 Cesto de Alegrias de Quintal”, cada uma com um uma
ênfase educacional diferente, tendo como princípio norteador a
Pedagogia do Terreiro Caxuté.
Enquanto
religioso e Acadêmico da Comunidade Caxuté vejo que a Lavagem do
Amparo não tem dono, mas deve ter sim, uma comissão formada por
terreiros e centros de umbandas de Valença, unidos dentro de um
espaço que pode ser chamado de “Conselho Municipal de Combate à
Violência Religiosa” para sua continuidade em meio a diversos
ataques promovidos por pessoas que se definem religiosos mas que tem
seus pensamentos mumificados no tempo quando se trata do respeito aos
povos dos espaços de religiões de matriz africana.
*Táta
Luangomina – Heráclito Barbosa (Graduando em Humanidades pela
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro Brasileira – Unilab; Gestor da Escola Caxuté; Sacerdote da
Comunidade Caxuté). Texto rápido sem correção e revisão
ortográfica, de inteira responsabilidade do seu autor.
acultema@gmail.com
REGISTRO FOTOGRÁFICO: