quinta-feira, 4 de julho de 2013

Escola do Terreiro Caxuté, recebe pastores nos seus 9 anos de fundação



No dia 15 de junho do presente ano regente, a comunidade Caxuté estava em festa, comemorou-se os 9 anos de fundação da 1ª Escola de Religião e Cultura de Matriz Africana do Baixo Sul da Bahia – a Escola Caxuté.
Dois grupos de universitários que estavam fazendo estágio no terreiro e na escola Caxuté, fizeram a apresentação do que eles tinha desenvolvido dentro da comunidade religiosa, educacional e cultural.

O evento foi lindo, promovido pela escola em parceria com a UNEB campus XV contou com diversos palestrantes sendo eles: o pastores Romero Emanuel e Sonito Santana ambos líderes de igrejas evangélicas (amos palestraram sobre o Combate a Intolerância Religiosa; o Paulo, doutorando em Química na UFBA, e Erahsto Felício, mestre em História (palestrou sobre a Educação Étnico Racial no Curriculo Escolar da rede pública de ensino), ambos são professores no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, campus valença; Jorge, sociólogo, professor do Instituto IESTE; Wellington Anupciação, ativista católico das causas da juventude em Valença; Profª Ms. Maria de Carmem R. Fernandes, mestra da UNEB na Plataforma Freire e orientadora dos dois grupos de estágio que realizam estágio na Escola Caxuté.

Os palestrantes do evento comentaram causas significativas alocando a religiosidade como meio de salvação para os jovens envolvidos com violência e drogas. "Defendo o direito de cada um expressar-se, falar de Deus em sua religião, e ao seu modo, não foi e nunca será um crime. Temos que incitar a paz, a liberdade de expressão e não tolerarmos os males que aflige nossa sociedade" registrou Romero. Sonito Santana explanou a importância da quebra de paradigmas, e disse que estará sempre ao lado de todas as ações desempenhadas em favor da paz para os munícipes de Valença.

 Este espaço de ensino foi fruto de diálogos, e apoio nas reuniões comunitárias com várias autoridades do Baixo Sul, dentre eles, Hildécio Meireles, o economista Orion Feitosa, a Professora Diotília, Professor Ubaldésio, Martiniano Costa, o prefeito de Valença Claudio Queiróz, o professor Jota Melo, a Italiana Giovina Santini, o jornalista Italiano Rugero Casale (Franco), o Pedagogo Gilberto Almeida de Magalhães, dentre outras pessoas que alicerçar, juntamente com a Sacerdotisa Afro, Maria Balbina dos Santos (Mãe Bárbara) um espaço de sabedoria ancestrálica e sócio-educacional, cultural e afro-religiosa.

Para Mãe Bárbara em entrevista concedida, ela se refere à Escola Caxuté, como “um espaço de resistência negra e que vem preservando as tradições que minha 1ª mãe-de-santo, Mãe Mira, me ensinou e que com a força dos meus ancestrais estou aprendendo também com a minha atual zeladora de axé, a minha yalorixá, a minha grande mãe, Mãe Elvira de Obaluaìyé”.

Esta instituição de ensino é fonte de pesquisa para diversas universidades do estado da Bahia, dentre elas a UNEB, UFRB, a LSU dos estados Unidos da América, Oxford, dentre outras que vêm a procura dos saberes e fazeres desse espaço considerados pelos integrantes como “sagrado”.
Segundo informações colhidas na monografia Terreiro Caxuté, Um Caminho na Minha Vida, do pedagogo Gilberto Magalhães, ele cita: “... espaço de educação não-formal, Escola Caxuté, onde ocorrem aulas de capoeira, samba de roda, arte em cipó de dendê entre outras atividades culturais que afirmam e valorizam a identidade da população desta comunidade”.


Fotos do Encontro

Fala do Mestre Erahsto Felício de Sousa, professor do Instituto Federal da Bahia

Fala do Mestre Paulo, professor do Instituto Federal da Bahia


Palestrantes



Pastor Romero da Igreja Assembléia de Deus

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