Somos jovens de terreiros,
as cores da negrura!
sangue rubro
somos filh@s do negrume da luz escura!
Por que não usarmos nossas
palavras pretas?
Quão eficazes, empretecidas à ngúzo,
pelo elã vital, são resistentes.
Em nossos terreiros, favelas e guetos,
mocambos, senzalas e quilombos
aprendemos a pedagogia da negrura
para, nesta sociedade eurocêntrica,
nos defendermos das novas escravidões.
Nossas palavras são lâminas de corte contra a corrupção
podão que decepa o mau-olhado,
aos nossos opressores hoje somos a lei-chicote.
Agora, mais que nunca mentalizada,
espiritualizada para nos defendemos da violenta morte.
Negritamos nossos textos, estéticas posturas e vozes!
Mesmo assim somos resultado de uma nação
que nunca nos livrou do genocídio.
Apesar da marginalização da população negra,
com Educação Criamos força...
Somos Jovens Negr@s Viv@s de Terreiros.
Táta Luangomina,
Comunidade Caxuté, manhã de quarta-feira, 23 de setembro de 2015, ao dia 25 do presente mês dia do Seminário ”Juventude Negra de Terreiro e os Desafios no Mundo do Trabalho”.
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